quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Experiência Mal-Sucedida

O professor e o diretor da escola, o colégio Princesa Isabel, em Botafogo (zona sul), foram intimados pela Polícia Civil para depor sobre o caso, que aconteceu na semana passada, segundo a 10ª Delegacia de Polícia (Botafogo). A experiência realizada usou um método de tortura para ensinar estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental em experiência de laboratório de Ciências no tradicional Colégio Princesa Isabel Redentora, em Botafogo. Segundo relato do pai, o professor teria separado a turma em grupos. Em cada um, um estudante deveria cobrir a cabeça com um saco, enquanto outro colega cronometraria o tempo de resistência do colega sem respirar ar puro.
Fontes:
Folha on line, 26/08/2008
O Dia on line, 26/08/2008

Para quem não reconhece a técnica de tortura do saco, é só rever o filme Tropa de Elite, que mostra claramente tal uso. Aqui a retrato com a imagem abaixo:

Assim como na postagem anterior (Estudante de Biologia Morre em Zoológico), essa foi mais uma experiência mal sucedida, onde os riscos foram minizados. Levando a consequências que poderiam ter sido evitadas.

O fato de realizar uma experiência (pela experimentação) não garante por si só uma melhor aprendizagem. Existem outros fatores que devem ser levados em consideração, embora não vou entrar no mérito, um deles, são os fatores de risco.

Por melhor que seja a intenção é sempre bom planejar, consultar outrso sobre o experimento, trocar idéias, replanejar, trocar os sujeitos, verificar as condições de saúde dos participantes, etc.

Opto por indicar o presente artigo para se discutir durante a formação de professores técnicas e segurança no laboratório. Como também discutir com os alunos de Ensino Médio a segurança deles, ao discutirem métodos adequados de se experimentar e a obediência as regras experimentais.
Algumas perguntas devem ser realizadas antes de uma determinada prática:

O que pretendo com está prática?

É relevante?

Existe(m) algum(ns) risco(s)? Qual(is)?

É possivel minimizá-lo?

Existem alternativas de experimentação para demonstrar tal fenômeno?

É necessário?

Então posso mudar a técnica de participativa para demostrativa?

Que nível de letramento tal experimento possibilitará aos discentes?

O que fazer com os resultados experimentais?

Estou preparado para incidentes (caixa de primeiro socorro, telefone do SAMU, de uma farmácia próxima), caso um imprevisto?

Sei como proceder?

Estas perguntas são importantes, e devem ser levadas em conta no planejamento de uma determinada prática experimental. Elas não impedirão acidentes, mas o risco acontecer é bem menor, além da forma de estar melhor preparado para lidar com o inesperado.

Aqui vale a velha máxima:

CAUTELA & CALDO de GALINHA - nunca fez mal a ninguém.

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