Este é mais exemplo do dilema de uma famosa marca de biscoitos "fulano está feliz porque está saudável ou está saudável porque está feliz?"
O que os pesquisadores liderados por Andrew Steptoe fizeram foi estabelecer uma correlação clara entre a felicidade e certas medidas indicativas de boa saúde, com base no acompanhamento de 226 londrinos -116 homens e 100 mulheres. Os voluntários foram estudados em laboratório e também na vida cotidiana, trabalhando e de folga.
‘Nós usamos simples índices de felicidade que as pessoas nos davam umas 20 a 30 vezes por dia’, diz Steptoe. Em cada nova avaliação, o participante tinha de dizer o que andara fazendo nos últimos cinco minutos e como ele classificava seu nível de felicidade no período, numa escala de 1 a 5. ‘Desse modo, nossas medidas não dependiam apenas de como alguém se sentia num único ponto do tempo, mas dos níveis médios ao longo do dia.’
O estudo confirmou resultados anteriores de que as pessoas mais deprimidas ou estressadas têm maior risco de desenvolver problemas médicos. Mas o maior esforço dos cientistas foi tentar descartar justamente isso -as evidências de que ser triste era algo ruim- e ficar unicamente com o que sobra.
‘Sabemos que o desconforto psicológico é relacionado a muitas respostas biológicas’, conta Steptoe.
‘Então, mostrar que a ausência de desconforto estava relacionada a baixas respostas biológicas não seria muito interessante. No entanto, o que descobrimos foi que, mesmo depois que medimos o desconforto e o tiramos da conta estatisticamente, ainda sobra uma associação entre a biologia e a felicidade. Isso indica que a felicidade tem uma relação em separado com a biologia.’
Cortisol
O cortisol (hidrocortisona, C21H30O5), é um hormônio do corticosteróide sintetizado no fasciculata da zona do córtice das glândulas supra-renais. Seu nome sistemático é 11ß,17,21-Triidroxipregn-4-eno-3,20-diona e seu número do CAS é 50-23-7. A massa molecular é aproximadamente 362,47. A quantidade de cortisol atual no corpo submete-se à variação diurnal, com os níveis os mais elevados no amanhecer e níveis inferiores à noite, diversas horas após o início do sono.
Uma relação positiva? Com certeza. De acordo com as aferições, algumas correlações fortes foram encontradas entre os mais felizes e os que menos liberavam cortisol na saliva -substância associada a condições como diabetes do tipo 2 e hipertensão- e outros hormônios da mesma natureza, tinham ritmo cardíaco menor.
Os resultados foram os mesmos, quer os felizes estivessem em seu dia de descanso, no ambiente de trabalho, ou sendo submetidos a desconfortáveis testes de laboratório.
Embora o estudo ainda esteja em andamento o mesmo já confirma que pessoas felizes e positivas produzem menos cortisol - molécula ligada ao stres. resuldando em essas pessoas serem mais saudáveis do que pessoas agressivas, estressadas e pessimistas.