quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Que é Letramento?

Nos dias 17 e 18 de setembro estive em Epitaciolândia, para ministrar a última etapa do letramento. Como parte da programação estava incluído a: revisão dos níveis de letramento, a elaboração de mapa conceitual e a produção de sequências didáticas.
A idéia é que essas atividades fossem desenvolvidas dentro dos níveis de letramento e que ao final o professor tivesse em mãos um conjunto de atividade que lhe fosse útil imediatamente, para isso sugerimos que para o desenvolvimento de todas as atividades ele elegesse o tema de suas próximas aulas (aulas que iria ministrar) com base no seu plano de curso.


Mas o que é o letramento?


Pensando em responder a esta e outras perguntas, que neste blog a partir da presente data estarei publicando um conjunto de artigos sobre os níveis e sua aplicabilidade. Especialmente para ajudar a compreender que os níveis não são só questões, por exemplo as questões são simplesmente uma forma prática de dar uma feed-back sobre os domínios efetivos de aprendizagem de determinado indivíduo. Isto representa que a prática de identificação, seleção, promoção aos níveis podem ser trabalhos de N atividades possíveis (durante esta série de artigos tentarei reproduzir isto de forma prática).


Mas voltando a questão do tema "O que é o letramento?"


Pelo esquema acima, nota-se a abordagem Vigostyana de que o conhecimento deve estar associado a um contexto, é o "fazer sentido", quando um determinado conhecimento é imediato ao indivíduo a sua apropriação é melhor assimilada em função das estruturas mentais que são possibilitadas, sendo entendido nos 4 pilares da UNESCO como o "saber conhecer". Esse conhecimento colocado em prática é o que denominamos de habilidade, a habilidade segundo a UNESCO é o "saber fazer" - parte procedimental. Exemplos.: Saber medir a temperatura com o termômetro, elaborar um ofício, ler uma mapa, utilizados um buscador, etc. As habilidades se relacionam com a atitude, a atitude revela os aspectos cognitivos, é o "saber ser" e o "saber conviver". Segundo Cesar Coll, no livro Psicologia da Aprendizagem para o Ensino Médio, revela que os conceitos são mais fáceis de ser aprendidos, mas em compensação são os mais fáceis de serem esquecidos, já as aprendizagens atitudinais são os mais difíceis de serem assimilados em compensação, uma vez aprendidos, são difíceis de serem esquecidos. O problema está em ninguém querer "ser o pai da criança", como os atitudinais, não são específicos a uma determinada disciplina, pouco ou quase nada com ela é feito em sala de aula. Exemplos de aprendizagens atitudinais: ensinar a não chutar a bola de vôlei, ensinar a jogar o lixo no lixo, a trabalhar em grupo, a ser responsável, a apresentar um trabalho, etc.


A soma dos conhecimentos + habilidades + atitudes = competência.

A competência colocada em prática é o que denominamos de letramento. O indivíduo pode se letrar a vida inteira, logo não é só na escola que se letra. O indivíduo pode nunca ter ido a escola mas pode ter alcançado diferentes níveis de letramento, por quê? Por que a vida exige que para um indivíduo "sobreviver" melhor em determinadas condições é necessário se letrar.


No esquema abaixo observamos que o letramento foi dividido em 3 macro-áreas: a leitura e escrita, a matemática e a ciência. Cada macro-área tem características próprias, conforme enfatizado no esquema abaixo:
Logo, cada macro-área terá níveis de letramento, que em outras palavras são os degraus da forma como o indivíduo assimila e maneja a informação.
Cada nível está inserido dentro de um nível superior.

Em breve, em um outro artigo, publicarei atividades e demostrações sobre cada um dos níveis. Valeu.

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